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Starving Wolves & Death Machine Inc.

by Alarme

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1.
Toda uma trajetória, um longo caminho a percorrer. E a dúvida do quando falta para seguir. Contra a maré - como a ovelha negra do rebanho. Contra a maré - em um mundo que ficou louco. O medo de confiar em alguém (algo), mas é a única coisa na qual se apoiar. Pressionando! Sem saber o que deve ser feito. Sem direção, contra tudo e contra todos. E a confusão, no que se pode acreditar.
2.
As coisas estão mudando de cor, ou estão perdendo a cor. Não consigo mais distinguir uma cor da outra. Talvez antes eram mais nítidas, mas agora tudo é cinza. E o cinza está ficando cada vez mais escuro.
3.
O caminho mais fácil para você foi trocar os seus sonhos por dinheiro. Crescer pra você foi arrumar um emprego e lamber o sapato do seu patrão. Aceitando as ordens você faz tudo que eles querem. Você se vendeu para o seu emprego e se mata pra ser o funcionário do mês. Sua gravata é sua forca e o seu terno, o paletó de madeira.
4.
Preso em algo que iria me libertar. Perdido em algo que iria me guiar. Dão caminhos para construir uma vida onde haja liberdade. Mas os próprios caminhos limitam e não deixar ser quem realmente sou. Como posso ser livre se estou preso a algo? Os caminhos que me libertariam, as vezes me anulam, não deixam ser quem eu sou. E tentando ser uma pessoa melhor, mudo minhas atitudes, e me anulo.
5.
É duro perceber que suas atitudes estão ligadas a um sistema que te anula. Arrebentar cada fio é estar em guerra o tempo todo. Esses fios te controlam e te faz de marionete. Os fios te amarram e quebram os seus ossos. Arrebentar cada fio é estar em guerra o tempo todo.
6.
Eles te subjugam e te botam para baixo. Te fazem pensar que é um escravo que não tem vida própria. Você vive controlado por pessoas frustradas que te empurram o mesmo caminho que seguem. Você pode viver sua vida, ter o controle da sua própria vida. Quando você se der conta disso, verá que os que te querem de joelhos, são pessoas que querem tirar sua esperança e te deixar de joelhos, imobizado, para sugarem o seu sangue.
7.
Eles sabem onde nós moramos. Eles sabem quem nós somos. Sabem do que e com quem nós falamos. Estamos sendo vigiados, nossos passos estão sendo seguidos. Todos marcados por números. Controlados. Coagidos. Sabem tudo sobre nós e não há como escapar. Não podemos desaparecer, seremos achados em qualquer lugar.
8.
Tudo escondido em um buraco, só esperando para estourar. A pressão aumentando, começa a faltar ar. Vozes dizendo o que fazer, esperando a hora chegar. E nada faz sentido mais, vindo das cinzas, para as cinzas voltará. Colocado contra a parede, de pavio curto, sem saber o que fazer.
9.
Sendo empurrado para baixo, se acostumando a ser um escravo. Vivendo uma letargia, se acostumando com a rotina. Apenas assistindo a própria vida passar. É assim que você assiste o fim da sua vida.
10.
Não consigo te enxergar por essa nuvem tão espessa. Sei que você está aqui, mas não consigo sentir sua presença. Sei que você está aqui, mas não consigo te enxergar. Mudanças acontecem e com o passar do tempo somos outras pessoas. Aprendemos com tudo que vivemos. Para pior? Para melhor? Eu Não sei.
11.
De Joelhos 01:06
Eu vivi dias que me deixaram louco e isso piora a cada dia. Eu vejo toda minha esperança indo para a vala e não sei o que fazer. De joelhos! Eu me sinto de joelhos! Me sinto de joelhos com as mãos atadas e os olhos cegos. Eu não quero aceitar essa realidade, mas ela piora a cada dia.
12.
Andando por essas ruas, sempre a mesma história: "Aqui não há lugar para você". 6 bilhões andando em fila, todos esperando sua vez. Começar tudo de novo, sem deixar pra trás tudo o que você fez. Mas há sempre alguém por trás dizendo que isso é estupidez. Pensando em algo melhor. Que faça tudo isso valer a pena. Preciso logo abandonar esse lugar! Cada viagem reconstrói cada memória. Tomar o que por direito o que também é meu. Aqui não há mais espaço. Impedido de enxergar. Essas botas de concreto e as correntes me atrapalham de caminhar. Mas a vontade é mais forte. E o cheiro da estrada. Sigo o meu caminho em direção ao sol.
13.
Será esse o início do meu fim? Aos poucos aceito o padrão de vida "satisfatório". Fico feliz por ter conseguido um emprego. Troco as horas da minha vida pelo dinheiro. Em meio a todo esse consumo me perco entre esse rebanho. Me acostumo com a idéia de que a minha revolta não poderá produzir resultado. Sigo pelo caminho mais fácil, deisto de ir contra a correnteza. Largo toda minha esperança, me entrego ao esquema. Assim me conformo em me vender, em ter uma vida medíocre, feliz por ser um cidadão exemplar. As comodidades aliviam a dor e eu simplesmente aceito.
14.
Mais uma bandeira manchada de sangue. O mesmo papo patriota para justificar. As sirenes berram por todos os lados. Outra família desaparecerá. E amanhã não tem aurora. Somente o fogo, isso é tudo agora. O fim da rua delimitado por outra barreira, por trás do muro ignorância e estupidez. O alarme está soando, e no dia-a-dia estão todos loucos.

credits

released January 1, 2008

Gravado e mixado no Estúdio Toca entre outubro e novembro de 2007 por Tuta, Diogo e Alarme. Desenho da capa por Angú.

Alarme é: Pato - guitarra / Angu - vocal / Bruno - Baixo / Léo - bateria
Contato: angusxe@gmail.com / www.myspace.com/alarme

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