1. |
Imortal
03:31
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Sangue. Meu ritual A chama. Reencarna o mal.
O morro. Floresce em fim. A horda renasce no porão dos reis.
Ferida. As chagas. Herança do servo. O limbo das almas.
Morre pelo ódio renasce pela guerra. Caminha pelo fogo e retoma o que é seu!
Imortal!
Os pés ao chão. A dor, o açoite. A terra vermelha.
Punhal em mãos. O escravo renasce. O Quilombo está de pé!
Imortal!
Não há triunfo se a vitória lhe foi dada. Não há conquista na guerra sem batalha.
Somente o grão. A escória, migalha. O escravo se levanta e o império vai morrer!
Os sonhos que a alvorada traz, nem com a morte se desfaz.
Do solo que se almeja a paz. O inferno aqui também se faz.
Abrem-se os olhos. Erguem-se os punhos – Vai Renascer!
Declara a guerra. Os servos contra o mundo – Vai renascer!
Todo amanhecer traz nossa herança de luta. Vitória inglória no barro da rua.
A morte, as trevas, o tempo. A cura. O escravo se levanta e o império vai morrer!
Imortal! Quem se mantém fiel... Imortal!
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2. |
Flores da Guerra
03:12
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Por ela eu clamo. Vencedora. Guerreira.
Atuante, leal. Companheira!
Xica, Dandara, Maria, Anastácia...
Negra, guerreira. Esquecida na história.
Tão importante em sua gloria, quanto aos homens, mártires.
Lado a lado, parceira de luta. Das lagrimas a vitoria.
A bela flor. Que sangra pela Guerra. A fortaleza se mantém por elas!
A pureza. No ódio. Nas trevas. A resistência se mantém por elas!
Cuida, cria, chora. Perfuma!
Decide, enfrenta. Luta!
A frente do bando. Retaguarda sem pranto. Ela faz sangrar a Lei.
Mãe. Amante. Impura. Santa ou prostituta... Ela se sobrepõe aos reis.
A cada madrugada a história se perpetua... Espera os anjos que não vem...
A linda imagem de ternura... Bravura... Ela se sobrepõe aos reis!
Flores da Guerra!
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3. |
Meu Inferno
03:27
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Eu sei o que fez de nós assim. Sangrenta estrada e as correntes ainda aqui.
Acordar. Enfrentar. Morrer ou sonhar.
Pra quem nasceu na guerra o inferno é um lar.
Eu sei – Esse é meu lugar...
Eu sei – O inferno é meu!
A terra amarela e a miséria aos seus pés. A multidão solitária de quem nada tem.
Ódio, lama. Um lugar pra amar. O guerreiro das senzalas fez do inferno o seu lar.
Eu sei – Esse é meu lugar...
Eu sei – O inferno é meu!
Falta água, sobram vidas, faltam flores, soltam pipas...
Muitas vidas, pouco teto, sem futuro, sem sustento...
Nessa guerra todo dia, violência e disciplina.
Habitando a escuridão, o guerreiro renasce então!
Eu sei o que fez de nós assim. Sangrenta estrada e as correntes ainda aqui.
Acordar. Enfrentar. Morrer ou sonhar.
Pra quem nasceu na guerra o inferno é um lar.
Eu sei!
O inferno é meu!
Eu sei – Esse é meu lugar...
Eu sei – O inferno é meu!
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4. |
Eu sou a Revolução
03:52
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Sem vida. Sem alma. Um sonho sem lagrimas.
Castelos e maquinas. Um reinado em desgraça.
A mente sente. O corpo luta. A guerra é minha, a queda é sua.
Alimenta meu coração. Ainda aqui...
Eu sou a revolução!
Não viu os teus olhos o que eu passei.
O que na escuridão das impurezas, jurei.
Oceanos que atravessei. Lagrima que não derramei.
Junto a imensidão de estrelas apagadas, eu, ergui morada.
Fiz da vida uma sangrenta batalha travada. Suor. Alma!
Eu sou a revolução!
A senzala me abrigou. A vida norteou.
Minha esperança nasce com a morte do amor.
De frente para o seu reino, de pé eu estou!
Não é você, ninguém para julgar.
Somente a morte a de parar.
Sem anjo. Demônio. Perdão!
Ainda aqui. Eu sou a revolução!
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5. |
Aos Dragões
02:24
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Você fez de tudo para eu desistir
Corrompendo, mentindo, seduzindo, enfim...
Achando que seria fácil vencer
O tempo passou, sobrando eu e você!
Uma lança entre os olhos.
De pé em frente aos dragões !
O mal enfrenta a morte.
Junto somos milhões!
O bem e o mal sempre estão de frente.
O império e o povo, de pé, sempre em choque,
Nas lutas e guerrilhas na estória da vida.
De joelhos o capital morre a frente o inimigo!
Uma lança entre os olhos.
De pé em frente aos dragões !
O mal enfrenta a morte.
Junto somos milhões!
Aos dragões...
re-vo-lu-ta!
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6. |
1hr
04:09
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...1h que tem o sonho que sem a liberdade não vem... É sêmen... Sangue!
É o desejo da hora quando abre a porta. O mundo lá fora... Mas também a dor da volta!
A todos os que trabalham.... A vida em 1 h!
Por vezes não se alimenta. Sente o vento... Observa. Os segundos o enfrentam e o Inferno lhe espera! 50 minutos e nada fez... Não quer, mas tem! 8, 10, 12, mas apenas uma pra sonhar...
A todos os que trabalham.... A vida em 1 h!
Sair... Nutrir... Voltar!
A todos os que trabalham.... A vida em 1 h!
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7. |
Rosaly
03:01
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8. |
Sangria
03:18
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Doação, abstendo o prazer por:
Compaixão, amor e prudência.
Razão, ética e ação.
Mil motivos pra dizer não.
Morte – Sangria!
Angustia. Sofrimento. Dor!
São respostas ao limite da vida.
Escárnio. Degola. Entre a raiz e a Flor.
A faca. O corte. A morte. Sangria!
Morte – Sangria!
Não morreremos na mão do sistema.
Acordaremos de um sono profundo.
Sem paredes, cercas e confins.
Sem grades, cordas e muros.
Libertação humana!
Libertação não humana!
Morte – Sangria!
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9. |
Levante
03:30
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Face a face. Dilacerando a pele.
A imperiosa lei do capital:
Riqueza num polo, miséria extrema no outro.
O assalto às consciências se encarrega de omitir a realidade.
Mas os injustiçados ainda a conhecem.
Levante, frente a frente, face a face.
Levante, de pé de pé!
Em pé, as vítimas da fome marcham.
Punhos cerrados ao alto, bandeiras hasteadas.
No olhar um novo horizonte. No coração explode a revolta.
Engravatados arrotam a paz social.
Enquanto caminham sob a carniça dos empobrecidos.
Levante, frente a frente, face a face
Levante, de pé de pé!
As hostes do estado se põem diante da multidão.
Mas a verdade do povo massacra o belíssimo.
Levante!
Palavras de ordem ecoam como uma peste revolucionária...
Palavras de ordem se alastram como uma peste revolucionária...
Levante!
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10. |
Mariah
03:32
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Muitos por ela passaram, se foram. Lembranças ficaram.
Nasceram, cresceram, choraram. Sonharam, viveram, mataram...
Fizeram dela os seus caminhos. Construíram nela os seus espaços. Maria que muitos viu sofrer e sorrir a cada amanhecer.
Mariah.
Sentiu gelar o sangue mais quente com a queda do corpo mais forte.
A doce lágrima da mãe. O áspero afago da morte.
Mariah.
Infértil solo. Estéreis sementes. Onde o ódio nasce do amor inocente. É tudo que se tem, quando lhe foi negado.
Acolhendo os poderosos. Abrigando os mais fracos.
Era caco, pedras, mato. Sem asfalto. Casas, vilas, sobrados.
Água negra. Vala!
Terra da escoria. Estrada para o nada. A mais pobre morada.
Uma entre muitas que se mantém esquecidas.
Entre esquinas, casas, avenidas.
Flores, Lixo e famílias.
Ainda sofrida. Rua Mariah!
Mariah.
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11. |
Emissarium
03:17
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Um menino, uma crença. Um desejo, uma sentença.
Esperança do abandonado. Caído anjo armado.
Clama pelo sangue. Pede pela alma. Pequeno é o corpo.
Grande são as marcas. Na queda do inimigo pelo corte da espada.
A criança que crê, vira o homem que mata.
Sobre seu horizonte a historia se apaga.
Magro, filho da raça.
O santo herege no templo das armas.
Paz é guerra na fé descrente. É ódio no olhar indigente!
É hoje sem amanha. Inocente leviatã!
"puer emissarium"
Sangue injusto e verdadeiro. Morrem os guerreiros!
Caem de pé. Arautos da morte.
Da fronteira a viela o cartel é formado.
Alimenta o trafico, e sustenta quem mata.
Vidas, serão destrocadas.
Império do crime, um caminho sem volta!
puer emissarium! Proteja teu corpo do fogo da arma!
puer emissarium! Te de o escudo, a lança, Espada!
puer emissarium! E desculpa de quem financia a droga!
puer emissarium! Escorre o sangue, um caminho sem volta!
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12. |
Dilúvio
17:32
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Espera a queda. Tempo cinza. Nuvem negra!
Anuncia a água. Tormenta.
As de março. Verão. Do poema.
Da canção. Da sangrenta ilusão.
Que desce com a terra. Dos povos da serra.
Devastam os sonhos. Que escorrem por elas.
Dilúvio!
O pranto da serra...
Moradia. Um lugar. Nas ladeiras. Nas montanhas.
Um espaço para viver. De histórias. Lembranças.
A mais linda e cristalina. Pelo trovão se anuncia. Que irriga o solo e traz agonia.
Madeira e tijolos em meio a neblina. Ecoam aos gritos na noite.
Vão sonhos. Vão casas. Vão corpos. Vão praças. Vão vidas. Vão almas.
Sangue escorre. Esperança desaba.
A mais fria tempestade. A desgraça das águas.
Moravam ali, esquecidos assim. Futuro em escombros, passado em ruína.
Pouco tinha. Nada resta. Em meio ao barro, sangue e pedras.
Tempo cinza. Nuvem negra. Derrame das águas. O pranto da serra.
Dilúvio!
O pranto da serra...
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Läjä Rex Vila Velha, Brazil
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