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Atletas de Fristo

by Mukeka di Rato

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1.
Mais de 500 milhas Correndo sem parar Maratona no abismo A avalanche vai chegar Os Atletas de Fristo Não deixam a tocha apagar Se acabar o combustível Vendem a mãe pra incinerar Atletas de Fristo! Rally no precipício Seu esporte favorito Mas só resta a carcaça Na linha de chegada Treino incessante Dedicação diária Mas nessa luta livre São o próprio saco de pancada Atletas de Fristo! Patrocinados pela CIA Incentivados pela Máfia Olimpíadas garantidas Thriatlon na Faixa de Gaza! Atletas de Fristo!
2.
Segredo de túmulo De portas abertas Das venenosas verdades, amargas; Das maiores mentiras, sinceras Das mais nobres putas, vomitadas! Das mais nuas belas, cagadas! Colorindo sobre essa herança, insossa!; Delirando com o divino doce, em festa! Aprendendo com a célebre cuspida, tacada! Gargalhando sobre essa lápide, séria. Das mais nobres putas, vomitadas! Das mais nuas belas, cagadas!
3.
Festa Jovem 01:31
Festa jovem já vai começar Retire seu cérebro e comece a pular Tão alienado, ri como uma hiena Tão manipulado, digno de pena Colhé galhéra, bem vindo ao meu show Vamo arrebentar, vamos esculachar Quero ver os brothers levantando a mão E as gatinhas loucas gritando sem parar Yeah, all right, vamos pegar mulher Oh yeah pode crer, do caralho! Foda, fodástico, brow! Vibe, puta vibe, fantástico. Puta que pariu, é dessa merda que vocês gostam? Jovens no mínimo, débeis mentais Eu quero uma vaga, eu também quero ser pop Pra ganhar dinheiro curtindo a festa jovem Pode crer galhéra, já saquei a de vocês Vocês tão me zoando, pode crer, pode crer! Então eu vou vazar, vou dar o meu rolé Gastar a sua grana com um monte de mulher
4.
Pedra 01:40
Uma nova praga disseminada Matando mais que doença sem cura Uma juventude tombando na vala Gente agonizando em loucura Desespero movediço e caos inoculado Vampiros ávidos em empreitada Crianças em prateleira de supermercado Zumbis do crack na madrugada Pegue essa pedra e esmague, a sua cabeça! Comendo o pão pelo diabo excretado E sobrevivendo no limbo Pintando de vermelho o jornal diário Granada versão cachimbo Em que a explosão dos estilhaços Não escolhe entre barão ou mendigo Despedaçando todos em mil pedaços Olhos feridos não notam o impetigo! Pegue essa pedra e esmague, a sua cabeça!
5.
Silhueta 00:49
Amasse essa pedra com minha cabeça Esvicerando seu núcleo pra esvoaçar Esvaecendo sua massa compacta Amanse a avalanche pulverizando neuras Esvicerar, esvoaçar, esvaecer, esvaziar! Amacie a silhueta que se expande no ar!
6.
Croca 02:15
Leve-me para a croca Na ciranda com crocodilos Retalhar é a última moda Leve-me para a croca Faça-me acreditar no suicídio Como a melhor resposta Leve-me para a croca Faça até Cristo no crucifixo Soar como tortura amadora Leve-me para a croca Levemente traumatizando com Choque genital em órbita Leve-me para a croca Vomite-me suas cruzadas Cale-me com sua hóstia Leve-me para a croca Lave-me com o vinho em Cálice fervendo de cobras Leve-me para a croca Mostre-me seu ímpeto Arranque minha veia aorta Leve-me para a croca Incinere o único registro Oficialize uma falsa memória.
7.
Lua Cheia 01:59
Quando era pequeno tinha medo do escuro e dos filmes de terros. O Lobisomem era meu pavor. Hoje acho que sou gente grande mas ainda tenho medo. Medo, medo do homem Ele é algo que eu não sei, Eu só sei o que ele pode fazer Comigo, ou com você! Te devorar Hipnotizar Sugar seu sangue Ele transforma você É triste porque não é um filme É eu sei minha mãe me disse Ele realmente pode acabar com sua vida Deixar você num beco sem saída, Mas isso não importa, a razão está em outra porta, O contato com esse bicho tem alta periculosidade, Nunca se sabe o que está por trás de sua aparente bondade. Como será o fim? Pra você ou pra mim, Se não exterminarmos o home Não haverá final feliz!
8.
Eu não aguento mais pagar o pato E só degustar costela seca no meu prato Já não suporto mais engolir tanto sapo Penando nesse pantano como mais um condenado Já chega de caminhar por estrada minada Com a ferida nos meus pés, petisco para vira-latas Já não dá mais pra mastigar sapato E só sapatear para o sorriso do carrasco Se ao menos meu filme Não estivesse queimado Talvez meu retrato Não tivesse que ser falado Eu nem sei por que tenho me preocupado Pois se nem tenho identidade, não existo de fato E sem dinheiro então, o que sou eu? Um fantasma, uma estatua, ou um rato miserável? Se ao menos meu filme Não estivesse queimado Talvez meu retrato Não tivesse que ser falado
9.
Marcapasso 02:24
Menino, não brinca com faca Menina, não esconde navalha Menino, "Vira homem!" sujeito Menina, "Toma jeito!" direito As suas pegadas As pistas dos passos Marcados nos eixos Denunciando os rastros Marcapasso Choque elétrico Dentro do compasso!
10.
Aqui todo mundo tem a mesma cara Play boy, bandido ou assassino Aquele que te pede um cigarro Depois vem e abre o seu supercílio Conviver com tanto rosto suspeito Um sorriso estranha que lhe transmite medo Cuidado no escuro com o seu castigo Você pode conhecer a face do inimigo Discreta paranóia prestes a virar fobia Catalogada por doutores, renomada medicina Discreta paranóia prestes a virar fobia Face oculta do inimigo
11.
A orgia dos vermes Saciando os meus sentidos A sinfonia das moscas Zunindo em meu peito O redemoinho de abutres Desdenhando uma auréola Desenhando-a em minha cabeça Um rico doidão ou então Um pobre trabalhador O trabalho da dor Carrega consigo Inigualável ardor No final da partida O rei ou o peão Deitam na mesma caixa E seus gostos sublimes Ou suas manias baixas Agora são festança Que põe em dança Todo o fluxo da Samsara Se recompondo corpo e alma Noutra configuração atômica Tecendo novas potências Cadenciando novas ressonâncias.
12.
Gaiola 02:07
Moro aqui nessa casa Porta aberta asa cortada. Como pão, bebo água Coisa amarga, engulo brasa Querer bem é mal também Quando alguém domina alguém Ignorância, medo, humilhação Alimentam insatisfação. Ser humano morador Aqui também mora a dor Prazer não é só sustento Minhas vontades vão ao vento. O mar transmite aquela calma Riscar a areia não apaga a falta Felicidade está naquela barca Posso arriscar, não perco nada Tempestades são muito reais Podem matar e muito mais Mas vou encarar essa parada Melhor que vida engaiolada E quando o sol matar a madrugada Ninguém verá o bater de minhas asas; Distante daqui.

credits

released January 1, 2011

Sandro - Voice
Mozine - Bass / Voice
Paulista - Guitar
Brek - Drums

Produced by Mozine
Recorded, mixed and mastered by Ricardo Mendes at Caxalote Studio, Vitoria, ES. February - 2011

All lyrics by Sandro and Mozine / All songs by Mukeka di Rato

Design and artwork by Alex Vieira - Revista Prego / Morto Pela Escola

Intro and extra voice in "Lua Cheia" by Felipe - Ass Flavour
Keyboard in "Lua Cheia" and extra guitar in "Pedra" by Ricardo Mendes
Percussion in "Pagando o Pato" by Anderson Xuxinha
Vocals in "Pagando o Pato" by Fepaschoal

Fristo's Athletes (Fristo = crack + weed) is a record which tries to warn people about the dangerous and destructive side effects of smoking Fristo, splitting families and friends apart. Unfortunately we can find it all over Brazil and Latin America also, and the problem is still being treated as a crime, but not as a public health concern.

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